VELA LATINA

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London Calling (parte 2)




O meu último post havia sido sobre Londres. Miserável coincidência, depois de tanto tempo sem escrever, as três últimas coisas que coloquei aqui e no on-57-33 serem sobre aquela cidade. Marylebone, sobre a qual escrevi no dia 2 de Abril, fica, impressionantemente, no seguimento de uma linha que foi atacada...
Aquilo que há um ano e tal atrás escrevi sobre os assassinos de Madrid é válido para as bestas que agora atacaram Londres. Não há cidade mais tolerante, não há local onde convivam mais raças, credos, opções. É contra isso que estes cobardes lutam - contra a paz, contra a razão. Mas Londres, que 60 e tal anos depois mostra novamente não ter medo, é um hino ao Mundo da gente civilizada, culta e livre e assim continuará. É certo que há umas baboseiras a passar por aí nas televisões e rádios, dos mesmos Mários de sempre, mas como já não há paciência para aturar a demência, cada vez menos gente os ouve.
Nem tudo é mau... mais uma vez, há um excelente texto sobre terrorismo no ETR Efervescente, outro no Mar Salgado e mais belíssimos textos no Aviz: um, dois e três.


London Calling




Confesso que sorri, hoje à hora de almoço, quando percebi a vitória de Londres e os festejos dos madrilenos pela derrota de Paris. Estava em jogo alguma coisa de importante? Se calhar não, não interessa. Mas porque raio sabe tão bem?


Mainstream




Chegam-me ofertas de cachets para um concerto de Lloyd Cole (é mesmo Lloyd Cole, os dos Commotions, de "my bag", "jennyfer", "rattlesnakes") a valores que mal dá para acreditar. Depois de liderar as playlists e as preferências adolescentes e "mainstream" da limpa e simples pop dos anos 80, Lloyd Cole - um escocês solitário, autor de canções inesquecíveis e letras inspiradas (bem esculpidas entre as intermináveis tournées, de destiladas noites de "bushmills", de quartos de luxuosos hotéis e pontes aéreas entre Glasgow e o Mundo), encontra-se na fase mais desprendida de uma impressionante carreira. Rendido aos EUA (onde é que já vimos isto?), gravou, desde o fim dos Commotions, um punhado de boas canções e refez, pouco a pouco, o som que deixava saudades nos trintões que recordavam, como eu, um distante concerto no Pavilhão das Antas (1990!). Agora deixa-se contratar por uns poucos milhares de euros (é melhor nem dizer quanto) e faz pequenas tournées acompanhado de músicos médios... Nem sei o que dizer... quase que dói.
Quando, no final do ano passado, a notícia dada pelo Pedro sobre um concerto que juntava de novo Lloyd e os Commotions em Londres, não pensei que viesse a escrever este post. Mas a vida é assim... como os interruptores.


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